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Táxis aéreos: ficção científica ou a solução do futuro para o tráfego?

09-04-2019

Segundo a Wikipédia, tecnologias disruptivas são aquelas que "substituem toda uma série de êxitos de uma tecnologia, de um produto ou serviço existente, ou que a excluem totalmente do mercado". Assim, os táxis aéreos poderiam ser uma inovação e trazer muita dinâmica para o mercado de mobilidade e táxis. Pelo menos é o que muitos dizem. Outros se perguntam: "Existe realmente alguma coisa por detrás de toda a propaganda em torno dos táxis voadores?
 

 

Quem considera os táxis aéreos como mera ficção científica talvez deveria falar com Andreas Scheuer. O Ministro Federal dos Transportes alemão é conhecido por ter uma enorme admiração pela aviação. Entretanto, Scheuer revelou que esse assunto é levado tão a sério no seu Ministério, que estão mesmo sendo elaboradas possíveis rotas aéreas para os táxis alternativos do futuro.
 

Inúmeras iniciativas em torno dos táxis aéreos
Se você aprofundar o assunto, rapidamente irá notar que existem inúmeras iniciativas que estão realmente desenvolvendo táxis aéreos. Nomeadamente, a Airbus que está trabalhando no chamado "CityAirbus", a EmbraerX, uma filial no Vale do Silício do fabricante brasileiro de aeronaves Embraer, está trabalhando juntamente com a prestadora de serviços de transporte de passageiros Uber no "Uber Elevate" e a empresa Startup alemã Lilium que está desenvolvendo o "Lilium-Jet". E esses são somente alguns exemplos.
Todos esses projetos ainda se encontram em fase de teste e desenvolvimento. O que todos esses projetos têm em comum é o fato de operarem exclusivamente com energia elétrica e de acordo com o conceito "VTOL" ("Vertical take-off and Landing"), ou seja, eles têm a possibilidade de decolar e aterrizar verticalmente e de fazer manobras em espaços mais estreitos. E é exatamente isso que os torna tão interessantes, sobretudo quando o espaço é escasso. Como na cidade.

 

Táxis aéreos — Voar autônoma e eletricamente
O CityAirbus, por exemplo, é uma aeronave elétrica e autônoma concebida para o transporte rápido, econômico e ecológico em cidades muito movimentadas, com uma capacidade para até quatro passageiros. Além do transporte de passageiros são concebíveis outras aplicações. Os táxis aéreos autônomos também são adequados para o transporte rápido de bolsas de sangue ou de medicamentos. Pelo menos teoricamente.

 

 

Estudo: poupança significativa de tempo a um custo ligeiramente mais elevado
Uma vez que os táxis aéreos não precisam de se juntar ao montão de automóveis em ruas extremamente congestionadas, eles chegam ao destino de forma mais rápida e flexível. A empresa de consultoria Porsche Consulting analisou o quão mais rápido isso acontecerá. No âmbito de um estudo de viabilidade e usando Hamburgo como exemplo, os especialistas calcularam que a viagem do aeroporto dessa cidade hanseática até ao centro levaria três minutos e custaria 35 euros. Por outro lado, os táxis convencionais necessitam de aproximadamente 25 a 30 minutos para um percurso de cerca de 11 a 12 quilômetros, dependendo do volume de tráfego, a um custo de praticamente 30 euros. Tal poderá se tornar realidade já em 2025.
O fato de ser possível em um futuro próximo voar elétrica e autonomamente, pelo menos rotas de curtas distâncias, deve-se aos enormes progressos da tecnologia elétrica, informática, de baterias e de sensores. Basicamente, tudo aponta que táxis aéreos que voam autonomamente serão implementados mais cedo do que automóveis autônomos. Afinal, o tráfego aéreo é mais fácil de controlar do que o tráfego rodoviário, que é muito mais complexo.