Sistema de limpeza dos faróis explicado – estrutura, funcionamento e deteção de avarias

Os sistemas de limpeza dos faróis melhoram a visibilidade no escuro e evitam que o tráfego em sentido contrário seja ofuscado pela luz difusa. Nessa página, você irá descobrir a estrutura e o funcionamento dos sistemas de limpeza dos faróis. Você também irá encontrar dicas valiosas para o manejo desses sistemas relevantes para a segurança e informações sobre a detecção de erros em caso de falha.

As seguintes informações técnicas e dicas práticas foram elaboradas pela HELLA, com o intuito de apoiar as oficinas profissionalmente nos trabalhos do dia a dia. As informações disponibilizadas neste web site apenas devem ser utilizadas por pessoal especializado e devidamente qualificado.

Limpeza dos faróis

Os faróis de luz intensa são mais susceptíveis à ofuscação devido à sujeira. Por essa razão, para faróis com essa intensidade, o legislador prescreveu, além da regulação automática do alcance dos faróis , sistemas de limpeza dos faróis. Para a limpeza dos faróis, há muito tempo que se começou impondo o princípio de limpeza "jato de água" em detrimento do princípio "limpador“.

Farol limpo

Alcance máximo da visão
Sem ofuscação

Farol sujo

Alcance de visão reduzido
Ofuscação forte

Sistema de limpeza dos faróis (SLF) Auto

SLF Auto: estrutura do sistema — Estrutura de um SLF: 1 Módulo de comando com temporizador 2 Reservatório de água com bomba de motor 3 Bicos ou jatos telescópicos 4 Junção em T ou válvula central

SLF Auto: esquema de conexões — Esquema de conexões de um SLF

Um sistema de limpeza completo da HELLA é constituído pelos seguintes componentes:

Jatos de câmara de turbilhão com diferentes distribuições de água em sistemas de jato estacionários ou tipo telescópico
Válvulas de comutação/válvula central
Grupo de mangueiras com sistema de encaixe
Reservatório de água com bomba centrífuga
Comando: módulo de comando com temporizador ou relé

Princípio de limpeza

Sistema de limpeza dos faróis: funcionamento — Jato telescópico em funcionamento: o embate das "microgotas" no vidro de remate provoca a dissolução e consequente remoção da sujeira.

Funcionamento no exemplo de uma instalação de jato telescópico

O líquido de limpeza é pulverizado com alta pressão, em forma de uma sequência de gotas, sobre o vidro de remate do farol. Essa sequência de gotas é formada através de jatos de câmara de turbilhão especiais.

Normalmente, o SLF é comandado pelo sistema de limpeza do para-brisa. Por cada lavagem do para-brisa que o motorista considere necessária, ocorre também uma lavagem automática dos faróis. Esse acoplamento somente acontece se os faróis estiverem ligados. Quando a bomba centrífuga é ativada, ela pressiona a água para dentro de um cilindro cujo êmbolo com cabeçote de jato montado se desloca contra uma mola de pressão e coloca os bicos em posição de trabalho.

Até a posição de trabalho ser alcançada, uma válvula assegura que inicialmente seja realizado somente o movimento sem que a água seja projetada pelos bicos. Quando a posição de trabalho for alcançada, a válvula abre e a água é pulverizada sobre os faróis. Após o desligamento da bomba, a mola de retorno aciona o êmbolo de volta para a posição de descanso. Um ciclo de lavagem dura cerca de 0,5 s para bicos estacionários e cerca de 0,8 s para bicos telescópicos (por causa do tempo de extensão).

Controlar o sistema de limpeza dos faróis

No caso de a bomba centrífuga não funcionar (ruído de funcionamento nitidamente audível durante o funcionamento normal) ao acionar a função de lavagem, deve ser controlada a alimentação de tensão, incluindo o fusível.

Se o jato de água, com a bomba em funcionamento, somente for efetuado em um dos lados ou se o jato for de pouca intensidade, são possíveis as seguintes causas:

A bomba de motor está eventualmente com os polos trocados:
Controlar os polos, uma vez que as bombas centrífugas trabalham nos dois sentidos, sendo somente a potência hidráulica diferente.

O ar do sistema não está purgado:
Proceder à limpeza do ar acionando continuamente a respectiva função, sem pausas.

Mangueira dobrada ou com vazamentos:
Controlar a instalação das mangueiras e, se necessário, alterar. Vedar os vazamentos ou reparar a mangueira.

Bicos ou válvulas obstruídos:
Lavar o sistema para remover os corpos estranhos.

Componentes congelados:
Aumentar a quantidade do anticongelante. No entanto, os componentes não são destruídos devido ao frio.

Se a eficácia de limpeza continuar longe dos valores ideais, deve ser controlado o ajuste do jato e, se necessário, ajustado conforme as especificações do fabricante.

Sistema de limpeza dos faróis — obrigatório

Na europa, os principais requisitos são:

A eficácia de limpeza dos sistemas de limpeza está sujeita a um exame de tipo segundo ECE R45.
Desde 1996, existe a obrigatoriedade de uso desse equipamento para faróis com lâmpadas de descarga de gás, segundo ECE R48.
Reservatório de água para 25 ou 50 ciclos de limpeza (classe 25, classe 50)
Eficácia de limpeza > 70% em um farol com sujeira até 20% do fluxo luminoso inicial
Funcional até 130 km/h e a temperaturas entre -10 °C e +35 °C

Não ajuda em nada

Muito útil

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