Faróis explicados de forma compreensível – função, tipos e regulamentos

Os faróis dos veículos se encarregam de projetar para a estrada os raios de luz em feixe gerados pela fonte de luz. Descubra nessa página, entre outros, a estrutura dos faróis, bem como quais os conceitos técnicos de iluminação e prescrições legais existentes. Além disso, encontre aqui dicas práticas úteis para o manejo de vidros de remate de plástico.

1. Princípios básicos

Faróis automotivos — componentes

Carcaça

A carcaça do farol é responsável pelas seguintes tarefas:

  • Suporte de todos os componentes do farol (cabos, refletor, etc.)
  • Fixação para a carroceria do veículo
  • Proteção contra influências externas (umidade, calor, etc.)
  • O material usado é termoplástico.

Refletor

O primeiro objetivo funcional do refletor é captar a maior parte possível do fluxo luminoso gerado pela lâmpada incandescente e de o direcionar para a pista de rolamento. Existem vários sistemas de reflexão que permitem cumprir esse requisito com eficiência.

Seleção de materiais para refletores

Enquanto antigamente a maioria dos refletores eram fabricados em chapa de aço, atualmente, devido às exigências colocadas aos faróis, tais como, tolerâncias de fabricação, tipo de construção, qualidade de superfície, peso, etc., são principalmente usados materiais sintéticos (diversos materiais termoplásticos). Esses são fabricados com uma elevada precisão.

Isso permite a implementação de sistemas particularmente escalonados e multicâmaras. Em seguida, os refletores são pintados, a fim de alcançarem a qualidade de superfície necessária. Nos sistemas de faróis sujeitos a cargas térmicas elevadas também são usados refletores em alumínio ou magnésio. Na etapa seguinte, é depositada a vapor uma camada refletora de alumínio e, em seguida, uma camada protetora de silício.

Módulos de projeção

Devido à trajetória do raio limitada de grande precisão e ao elevado fluxo luminoso, os módulos de projeção são muito frequentemente usados em faróis modernos. Esses módulos podem ser usados em conceitos de faróis muito específicos graças aos diferentes diâmetros das lentes, às funções de luz e às possibilidades de montagem.

Vidros de remate

Os vidros de remate com óptica de dispersão são responsáveis por desviar, dispersar ou concentrar o fluxo luminoso recolhido pelo refletor, de modo a ser criada a distribuição da luz desejada, tais como o limite claro/escuro. Porém, esse antigo conceito padrão foi quase substituído na sua totalidade por sistemas sem ópticas.

Vidros de remate sem óptica de dispersão

Também designados por "vidros de remate claros", não possuem qualquer elemento óptico. Eles têm como única função a proteção contra sujeira e influências climáticas.

São usados nos seguintes sistemas de faróis:

Lente interna (sistema DE), para luz baixa, luz alta ( bixênon ) e luz de neblinaLente difusora do farol separada no interior do farol, imediatamente à frente do refletorFaróis de superfície livre (FF), totalmente sem óptica adicional

Seleção de materiais para vidros de remate

Os vidros de remate convencionais são geralmente compostos por vidro. Esse vidro tem que estar livre de estrias e bolhas. Devido aos requisitos acima mencionados, os vidros de remate são cada vez mais produzidos em plástico (policarbonato, PC).

Como alternativa ao vidro, esse tem muitas vantagens:

  • Altamente resistente a choques
  • Muito leve
  • Possibilidade de tolerâncias de fabricação mais reduzidas
  • Maior liberdade de design
  • Superfície com revestimento especial resistente a arranhões, segundo norma ECE e SAE
2. Dicas práticas

Dicas para o manejo de vidros de remate de plástico

Para evitar danos nos vidros de remate de plástico, devem ser observados os seguintes avisos:

  • Nunca limpar vidros de remate de plástico a seco (perigo de arranhões)!
  • Antes de adicionar quaisquer produtos à água do dispositivo de limpeza de lentes difusoras como, por ex., produtos de limpeza ou anticongelantes, observar sempre os avisos no manual de instruções do veículo.
  • Produtos químicos de limpeza inadequados ou demasiado agressivos podem danificar os vidros de remate de plástico.
  • Nunca usar lâmpadas inadequadas de watts elevados!Usar somente lâmpadas incandescentes com filtro UV!
3. Comparação

Conceitos técnicos de iluminação

Nos atuais faróis, a distribuição da luz na estrada se baseia em dois conceitos técnicos de iluminação diferentes, a tecnologia de reflexão e a tecnologia de projeção. Enquanto os sistemas de reflexão se caracterizam por refletores de grande superfície situados atrás de um vidro de remate claro ou com óptica, os sistemas de projeção dispõem de uma pequena saída de luz com uma lente característica.

4. Sinopse

Sistemas de faróis

Existem quatro sistemas de faróis típicos

Faróis parabólicos

p. ex., luz alta e luz baixa do Audi 100

FF-H4 headlamps

e.g. VW Bora

Faróis de superfície livre (FF)

p. ex., Skoda Roomster

Super-DE headlamps (combined with FF headlamps)

e.g. Skoda Superb

Faróis parabólicos

A superfície do refletor tem a superfície de uma parabólica. Essa é a tecnologia mais antiga usada na distribuição da luz em faróis. Porém, os refletores parabólicos já quase não são usados hoje em dia. Eles somente são usados ocasionalmente em faróis de luz alta e faróis H4 de grande dimensão.

A: Se olharmos de frente para o refletor, reparamos que, para a luz baixa, é usada a parte superior do refletor ( Figura A ).

B: A fonte de luz está posicionada de modo que a luz radiada para cima seja refletida pelo refletor para baixo, ou seja, para a estrada, através do eixo óptico ( Figura B ).

C: Os elementos ópticos na lente difusora do farol distribuem a luz para que os requisitos legais sejam cumpridos. Esse processo é efetuado através de duas formas distintas de elementos ópticos: as estrias verticais de formato cilíndrico para a distribuição horizontal da luz e estruturas prismáticas à altura do eixo óptico se destinam à distribuição da luz de modo que, nos principais locais da estrada, se verifique maior luminosidade ( Figura C ).

D: A lente difusora de um farol parabólico para a luz baixa está claramente munida de elementos ópticos e fornece a distribuição da luz típica ( Figura D ).

E: Distribuição típica da luz da luz baixa de um farol parabólico sob forma de um diagrama de estrada Isolux ( Figura E ).

Faróis de superfície livre

Os faróis FF possuem superfícies de reflexão que estão localizadas livremente no espaço. Eles somente podem ser calculados e otimizados, recorrendo a computadores. No seguinte exemplo, o refletor está dividido em segmentos que iluminam áreas distintas da estrada e do ambiente em redor.

A: Através de uma configuração especial é possível usar quase todas as superfícies do refletor para a luz baixa ( Figura A ).

B: As superfícies estão dispostas de modo que a luz seja refletida para baixo, para a estrada, por todos os segmentos do refletor ( Figura B ).

C: A deflexão dos raios de luz e a dispersão da luz são diretamente realizadas através das superfícies do refletor. Isso permite usar também vidros de remate claros sem óptica, que conferem ao farol um aspeto brilhante. O limite claro/escuro e a iluminação da beira direita da estrada são gerados pelos segmentos do refletor horizontais ( Figura C ).

D: Exemplo de uma distribuição da luz no vidro de remate de um farol de superfície livre ( Figura D ).

E: A distribuição da luz no nível da estrada pode ser facilmente adaptada aos desejos e necessidades especiais ( Figura E ).

Quase todos os sistemas modernos de faróis de reflexão para a luz baixa são equipados com superfícies de reflexão FF.

Super-DE (combined with FF)

Just like DE headlamps, Super-DE headlamps are projector-type systems and work in the same way. The reflective surfaces have been designed with the aid of FF technology. The headlamp is constructed as follows:

A: The reflector captures as much light as possible from the bulb ( Figure A ).

B: The light captured is aligned in such a way that as much of it as possible is directed over the shield and then onto the lens ( Figure B ).

C: The light is aligned with the reflector in such a way that on the level of the shield the light distribution is produced, which the lens then projects onto the road ( Figure C ).

D: Typical low beam distribution of a Super-DE headlamp on the cover lens ( Figure D ).

E: Typical low beam distribution of a Super-DE headlamp as an Isolux road diagram ( Figure E ).

FF technology makes a much greater scatter width and better illumination of the edges of the road possible. The light can be concentrated very close to the cut-off line, enabling the achievement of a greater visible range and relaxed driving at night. Today, almost all new projector-type systems for low beam are equipped with FF reflective surfaces. Lenses with a diameter of between 40 mm and 80 mm diameter are used. Larger lenses mean greater light output, but also more weight.

5. Informações úteis

Prescrições para a iluminação automotiva

Prescrições de montagem, vista frontal

Devido ao vasto número de regulamentos legais serão aqui apenas mencionadas as prescrições mais importantes. Nos seguintes regulamentos são, todavia, indicadas todas as informações relevantes sobre faróis principais, suas características e aplicações:

76/761/CEE e ECE-R1 e -R2
Faróis para luz alta e luz baixa, bem como as respectivas lâmpadas incandescentes

ECE-R8
Faróis com lâmpadas H1 até H11 (exceto H4), HB3 e HB4

ECE-R20
Faróis com lâmpadas H4

StVZO (código da estrada alemão) § 50
Faróis para luz alta e luz baixa

76/756/CEE e ECE-R48
Para montagem e uso

ECE-R98/99
Faróis com lâmpada de descarga de gás

ECE-R112
Faróis com luz baixa assimétrica (também LED)

ECE-R119
Luz de conversão

ECE-R123
Advanced Frontlighting System (AFS)

Faróis para luz baixa
QuantidadeDois
Em larguraMáx. 400 mm do ponto mais exterior
Em altura500 a 1.200 mm admissível
Comutação elétricaÉ permitida a ligação aos pares de faróis, adicionalmente à luz baixa e/ou luz alta. Durante a transição para a luz baixa, todos os faróis de luz alta têm que desligar simultaneamente.
Controle de ligaçãoLuz de controle verde
OutrosSe os faróis estiverem equipados com lâmpadas de descarga de gás (luz alta e luz baixa), deve estar instalada uma regulagem automática da altura dos faróis e um sistema de limpeza dos faróis. Esses requisitos são igualmente válidos para conversões de veículos já em circulação, que tenham sido sujeitos a essas alterações depois de 1 de abril de 2000.

Faróis para luz alta
QuantidadeDois ou quatro
Em larguraSem prescrições especiais, mas montados de modo que o motorista não seja incomodado por reflexos
Em alturaSem prescrições especiais
Comutação elétricaÉ permitida a ligação aos pares de faróis de luz alta, adicionalmente à luz baixa e/ou luz alta. Durante a transição para a luz baixa, todos os faróis de luz alta têm que desligar simultaneamente.
Controle de ligaçãoLuz de controle azul
OutrosA intensidade luminosa de todos os faróis de luz alta ativáveis não pode exceder os 300.000 Candela. A soma dos números de referência não pode ser superior a 100.

Faróis para luz de neblina (opcional)
QuantidadeDois, cor branca ou amarelo claro
Em larguraSem prescrições especiais
Em alturaNão podem ser de altura superior aos faróis de luz baixa, segundo ECE, mas mín. 250 mm
Comutação elétricaCom luz baixa e luz alta. Também possível com luz de posição, se a superfície de saída de luz dos faróis de neblina não estiver a uma distância superior a 400 mm do ponto mais exterior da largura.

Números de ensaio de tipo no farol

Para os equipamentos técnicos de iluminação em veículos existem prescrições nacionais e internacionais de construção e funcionamento, segundo as quais os equipamentos têm que ser fabricados e controlados. Para os faróis existem marcas/símbolos especiais de autorização, que se encontram no vidro de remate ou na carcaça.

Um exemplo

Em um vidro de remate está indicado HC/R 25 E1 02 A 44457:

  • A marcação HC/R significa: H para luz de halogêneo, C para luz baixa e R para luz alta.
  • A barra entre C e R significa que a luz baixa e a luz alta não podem ser ativados simultaneamente (farol principal H4).
  • O seguinte número de referência informa sobre a intensidade luminosa do farol de luz alta.
  • A identificação E1 informa que o farol foi homologado na Alemanha.
  • 02 A informa que o farol está equipado com uma luz de posição, cuja prescrição foi modificada pela segunda vez, após sua aparição (02).
  • O final desse código é formado por um número do ensaio de tipode cinco dígitos, que é atribuído individualmente para a homologação de cada tipo de farol.

Versão do farol

Regulamento ECE n.º 1

  • A Luz de posição
  • B Luz de neblina
  • C Luz baixa
  • R Luz alta
  • CR Luz alta e luz baixa
  • C/R Luz alta ou luz baixa

Regulamento ECE n.º 8, 20 (somente H4)

  • HC Luz baixa de halogêneo
  • HCR Luz baixa e alta de halogêneo
  • HC/R Luz baixa ou alta de halogêneo

Regulamento ECE n.º 98

  • DC Luz baixa de xênon
  • DR Luz alta de xênon
  • DC/R Luz baixa ou alta de xênon — o funcionamento simultâneo é proibido.

Regulamento ECE n.º 123

  • X Advanced Frontlighting System

Identificação, iluminância, números de referência:

Luz alta

7,5; 10; 12,5; 17,5; 20; 25; 27,5; 30; 37,5; 40; 45; 50 por farol (na Alemanha são permitidos somente no máx. quatro faróis de luz alta ligados simultaneamente e o número de referência 100 ou 480 lx é considerado o valor máximo que não pode ser ultrapassado)

Faróis — direção da condução

  • Condução à esquerda sem seta: condução à direita
  • Condução à esquerda e à direita

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