O que é o SERMI?

De acordo com o Regulamento (UE) n.º 2018/858, que entrou em vigor em 2020, os fabricantes de veículos devem conceder aos operadores independentes, tais como oficinas independentes ou editores de informações técnicas, acesso ilimitado e normalizado à informação relativa à reparação e manutenção (RMI).

Foram igualmente estabelecidas disposições especiais para o acesso à informação relativa à reparação e manutenção (RMI) relacionada com o furto e a segurança de um veículo. Em conformidade com o artigo 13.º, n.º 9, do Regulamento (CE) n.º 692/2008 e com o artigo 66.º do Regulamento (UE) n.º 2018/858, foi criado o "Fórum da UE sobre o acesso à informação sobre veículos". O objetivo era desenvolver um sistema de acreditação harmonizado a nível europeu e uma arquitetura de processos que ajudasse os operadores independentes a manter e reparar veículos de forma segura, mesmo que as características de segurança do veículo (por exemplo, actualizações de software) fossem afectadas. Como resultado, foi criada a certificação SERMI, que implementa os requisitos do regulamento da UE.

A entrada em vigor do SERMI iniciou-se a 1 de outubro de 2023, com a Suécia a ser o primeiro país a implementar este sistema, Uma vez que o início na mesma data em todos os países da UE não foi viável, os países começarão a implementar este processo em intervalos de 2 meses, a partir de 1 de outubro de 2023 até 1 de agosto de 2024.

Após a Suécia, o processo SERMI foi iniciado na Dinamarca, Finlândia e Noruega(adesão voluntária ao SERMI como Estado não comunitário) a 01.02.2024.

A 01.04.2024 seguir-se-ão a Bélgica, Alemanha, Luxemburgo, Países Baixos, Áustria, Portugal e Espanha.

O sistema SERMI definiu os casos em que é possível aceder a informações sobre veículos relevantes em termos de roubo e segurança nos portais dos fabricantes ou através de dispositivos de diagnóstico originais dos fabricantes. A codificação de uma chave faz indiscutivelmente parte deste processo.

No entanto, há informações e actividades que os fabricantes definem de forma diferente. Isto significa que uma informação pode ser considerada relevante para o SERMI por um fabricante, mas não por outro. Uma vez que a implementação é ainda muito recente e que nem todos os países da UE participam ainda no SERMI, é quase impossível elaborar um catálogo de informações e actividades abrangidas pelo sistema SERMI para cada fabricante.

É possível reconhecer as informações e actividades abrangidas pelo sistema SERMI num portal do fabricante ou num dispositivo de diagnóstico original do fabricante pelo facto de ser informado por um ecrã de que só pode aceder às informações pretendidas depois de se ter verificado através da aplicação SERMI e, assim, comprovado o seu certificado.

A Hella Gutmann também é afetada pelo regulamento SERMI e foi certificada pelo SERMI como empresa, bem como os funcionários técnicos afectados, uma vez que também necessitamos de informações dos fabricantes que são necessárias para os nossos serviços de linha direta técnica ou macsRemote.

No entanto, ao contrário das oficinas independentes, estamos vinculados à verificação da cadeia, uma vez que prestamos os nossos serviços em nome das oficinas. Isto significa que não só nós temos de ser verificados pela SERMI, mas também a oficina, se adquirir um serviço relevante para a SERMI à Hella Gutmann. Isto significa que tanto o colaborador da Hella Gutmann como o colaborador da oficina têm de ter um certificado SERMI válido para aceder a informações ou actividades.

No caso dos serviços remotos, por exemplo, a codificação de uma chave ou a substituição do módulo de autenticação de acesso do imobilizador pode exigir uma verificação SERMI.

Se contactar a nossa linha de assistência técnica, os esquemas de circuitos dos imobilizadores ou as instruções de desmontagem dos radares podem ser classificados como relevantes para o SERMI pelo fabricante.

Se um conteúdo relevante para o SERMI for acedido diretamente por uma oficina, aparece uma mensagem correspondente com um código QR. Este é lido com a aplicação SERMI e, assim, verificado. A consulta é então autorizada na unidade de visualização do fabricante.

Se uma oficina fizer um pedido através da Hella Gutmann, ambas as partes têm de se verificar. Neste caso, um funcionário da Hella Gutmann digitaliza primeiro o código QR com a aplicação SERMI. Em seguida, cria uma ligação na aplicação para a oficina, para que esta também possa aceder ao código QR e autorizar o pedido na aplicação. Só depois de ambas as partes se terem verificado através da aplicação SERMI é que é concedido o acesso aos dados do fabricante.

Os organismos de avaliação da conformidade de cada país informá-lo-ão dos documentos e informações específicos que exigem para ser certificado como empresa e como empregado dessa empresa.

Em geral, uma empresa deve provar que é uma empresa do sector automóvel e que possui um determinado nível de cobertura de seguro. Os trabalhadores devem comprovar que possuem formação adequada ou experiência profissional e apresentar um certificado de boa conduta. Além disso, é necessário um dispositivo por trabalhador no qual esteja instalada a aplicação SERMI com o seu perfil, bem como um endereço de correio eletrónico.

Regra geral, o processo de certificação é efectuado através de um formulário em linha do organismo de avaliação da conformidade. A oficina pode então aceder aos seus dados de certificação através de uma conta e adicionar novos funcionários, por exemplo.

Nos países para os quais já está definida uma data de início, existem, por país, um ou mais organismos de avaliação de conformidade (CAB).

Encontrará a lista de todos os organismos de avaliação de conformidade (CAB) do seu país, assim como dos restantes países da UE, aqui:
https://www.vehiclesermi.eu/req.html#req

Esta lista será atualizada sempre que houver novos organismos de avaliação de conformidade.

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Os custos variam ligeiramente consoante o prestador de serviços. Regra geral, no entanto, os custos são incorridos com o registo da oficina e dos trabalhadores individuais. Além disso, há custos para uma visita não programada à oficina durante o período de validade de 5 anos e para a atualização do certificado quando este expira.

A restrição de acesso à cibersegurança e a diretiva SERMI têm pouco em comum. A SERMI não substitui a cibersegurança, como tem sido especulado em alguns sectores, mas é uma regulamentação separada que controla o acesso aos veículos por parte das oficinas independentes.

A SERMI tem origem num regulamento da UE e aplica-se ao acesso a informações relacionadas com o roubo e a segurança de um veículo através de um portal do fabricante ou de um dispositivo de diagnóstico original do fabricante. Apenas as oficinas da UE são afectadas. Também se aplica a todos os fabricantes com veículos na UE.

A cibersegurança, por outro lado, regula o acesso a um veículo através de um dispositivo de diagnóstico. O objetivo é proteger o acesso geral a um veículo através de dispositivos de diagnóstico e torná-lo rastreável para o fabricante. Em princípio, a cibersegurança aplica-se a nível mundial e apenas a determinados fabricantes numa base voluntária. Cada fabricante também define por si próprio quais os acessos a um veículo que define sob a restrição da cibersegurança.

Para ambos os tipos de acesso, são necessários acessos personalizados ou certificados. As pessoas autorizadas a aceder são verificadas através de procedimentos de identificação. No caso do SERMI, pelo contrário, todo o processo de certificação das oficinas e dos empregados é mais complexo e os certificados só são válidos por 5 anos. Depois disso, têm de ser renovados. O acesso à cibersegurança permanece válido até 10 anos após a última utilização ativa.